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Cristina de Luca

Publicidade móvel ultrapassará a publicidade em desktops já em 2017

Cristina De Luca

16/10/2017 14h46

Mais de metade (53%) de todos os gastos com anúncios na internet irão para anúncios vistos em dispositivos móveis em 2017.  Globalmente, espera-se que os gastos com anúncios em dispositivos móveis cresçam US$ 27 bilhões, ou 34%, para US$ 107 bilhões em 2017. Já a publicidade no desktop deverá encolher US$ 2.9 bilhões, ou 3%, para US$ 96 bilhões.

A Zenith considera como publicidade móvel qualquer tipo de anúncio entregue em apps ou em browsers instalados em smartphones e tablets.

De acordo com a empresa, a publicidade móvel cresceu 48% em 2016, após um crescimento de 86% em 2015, e deverá crescer a uma taxa média anual de 25% ao ano entre 2016 e 2019, impulsionado pela rápida disseminação de dispositivos e melhorias nas experiências dos usuários.

Ainda segundo as projeções da Zenith, as despesas móveis chegarão a US$ 156 bilhões até 2019, representando 62,5% das despesas com internet e 26,4% de todas as despesas publicitárias no mundo.

Embora os dados de 2017 considerem números de 52 países, o Brasil não está entre eles. Da América Latina, a pesquisa incluiu apenas Argentina, Colômbia, Equador, México e Peru. Já no balanço de 2016 e nas projeções de 2019 o Brasil está incluído.

Ainda segundo a Zenith, os anúncios em mídia social, vídeo online e outros formatos digitais, como conteúdo pago e publicidade nativa, estão liderando o crescimento da publicidade global. Entre 2016 e 2019, eles gerarão um crescimento anual de 14% na publicidade total de display – uma categoria que inclui esses formatos, bem como os banners tradicionais.

Todos os três tipos de  publicidade (banners, vídeo e mídias sociais) se beneficiaram da transição para a compra programática, que permite que as agências atinjam o público de forma mais eficiente e eficaz.

A despesa total com publicidade display aumentará de US $ 84 bilhões para US $ 126 bilhões durante este período, representando 64% de todo o crescimento da despesa publicitária global. Até 2019, os formatos display representarão 50,4% das despesas totais de publicidade na internet, ultrapassando os 50% pela primeira vez.

A maior parte desse crescimento vem das mídias sociais (que crescerão 20% ao ano) e do vídeo online (que crescerá 21% ao ano), dois formatos bastante consumidos através dos dispositivos móveis. Além disso, a publicidade em vídeo é agora central para as estratégias de crescimento da maioria das plataformas de redes sociais.

Os resultados de busca pagos, que foram o maior canal de publicidade na internet até 2015, quando foram ultrapassados pelos formatos display, voltarão a experimentar um crescimento discreto. Grande parte do seu crescimento recente veio de inovações em busca móvel e localização, e o crescimento futuro virá da adaptação de anúncios de busca para assistentes pessoais ativados por voz como o Google Assistente, o Siri e a Alexa.

As despesas com publicidade em busca totalizaram US $ 78 bilhões em 2016 e a Zenith prevê um crescimento anual de 10% até 2019, quando atingirá US$ 103 bilhões. O índice de crescimento é menor, portanto, que aquele esperado para o crescimento total da publicidade total na internet, estimado 12% ao ano.

 

Sobre a autora

Cristina De Luca é jornalista especializada em ambiente de produção multiplataforma. É diretora da ION 89, startup de mídia com foco em transformação digital e disrupção. Foi diretora da área de conteúdo do portal Terra; editora-executiva da área de conteúdo da Globo.com; e editora-executiva da unidade de Novos Meios da Infoglobo, responsável pela criação e implantação do Globo Online. Foi colunista de tecnologia da Rádio CBN e editor-at-large das publicações do grupo IDG no Brasil. Master em Marketing pela PUC do Rio de Janeiro, é ganhadora do Prêmio Comunique-se em 2005, 2010 e 2014 na categoria Jornalista de Tecnologia.

Sobre o blog

Este blog, cujo nome faz referência à porta do protocolo Telnet, que é o protocolo de comunicação por texto sem criptografia, traz as informações mais relevantes sobre a economia digital.