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Cristina de Luca

iTorpedos: Bem-vinda OTT 2.0. Até o S&P Dow Jones Indices quer você!

Cristina De Luca

13/01/2018 12h50

Em semana de CES 2018, mudanças no algoritmo do Facebook e avanços na luta a favor da neutralidade de rede, algumas notícias perderam destaque, mas merecem igualmente a nossa atenção. Caso você tenha perdido…

Bem-vinda, OTT 2.o – Saiu o State of the Broadcast Industry 2018, relatório anual Ooyala, que afirma com todas as letras que a  indústria de streaming está entrando na era "OTT 2.0". As empresas estão evoluindo para atender às novas demandas e oportunidades de negócios com conteúdo digital original, ofertas mais diretas aos consumidores, mais dados e tecnologias mais avançadas.  Conteúdos de todas as formas e tamanhos estarão disponíveis para os consumidores cada vez mais interessados em ofertas móveis e sociais. Novos formatos e estratégias de monetização já surgem a todo o momento. Tudo para tentar manter a atenção do consumidor, confuso com o grande número de opções no mercado.

À medida que a disponibilidade de conteúdo cresce, a segmentação dos espectadores também aumenta. De acordo com o relatório, o trabalho das empresas será, cada vez mais, tentar entender o desejo do consumidor onipresente, em três frentes: escolha de conteúdo, conveniência e custos mais baixos. E aí acelerar os avanços em tecnologia para suportar tudo isso. Entre as mudanças que Ooyala prevê estão melhores mecanismos de busca e descoberta de conteúdo, processos de autenticação mais simples e melhores ferramentas para curadoria e personalização.

2018 trará mais experimentação com o agrupamento de conteúdo, tentando levar os consumidores a adotarem pacotes de conteúdo diversos daqueles cada vez mais rejeitados das TVs a cabo tradicionais. Outros serviços de nicho de transmissão podem decidir se agrupar ou juntar-se a alguns desses pacotes maiores.

A Ooyala descobriu ainda que a maioria dos conteúdos em todas as telas – TVs, desktop ou celular – é agora de longa duração. O conteúdo mobile continua rei, , mas o consumo social também vem crescendo consideravelmente. Consequentemente, as principais plataformas sociais, incluindo o Facebook, Twitter, Snapchat e Instagram, estão perseguindo a liderança do YouTube, expandindo os investimentos em vídeos, curtos… e longos!

O relatório também é longo e merece uma leitura mais atenta!

Sinal dos tempos!  O S&P Dow Jones Indices e o MSCI informaram, em comunicado, que vão renomear seu setor de Serviços de Telecomunicações e adicionar Comcast, Netflix, Facebook e Alphabet à nova categoria.  O setor de Serviços de Telecomunicações será expandido e renomeado Serviços de Comunicação.

♦  US $ 510 milhões, foi a receita da Netflix só com aplicativos para dispositivos móveis iOS e Android. Um aumento de 138% na variação anual, ou 2,4 vezes segundo o relatório de final de ano da Sensor Tower. O mesmo que diz que os usuários de celular gastaram quase US $ 60 bilhões em aplicativos durante o ano de 2017. Nos anos anteriores, o primeiro lugar tinha ido para Spotify, e antes disso, o Line.

♦ 17 milhões de assinantes, só nos Estados Unidos, no fim de 2017. Com isso, o Hulu cresceu sua base de usuários em 40% no mercado americano, desde março de 2016. A empresa diz que seu público total cresceu para 54 milhões de telespectadores únicos no ano passado e que a receita anual de anúncios atingiu US $ 1 bilhão pela primeira vez na história do serviço de streaming. Também destaca o sucesso dos prêmios recentes de The Handmaid's Tale , que ganhou o Melhor Drama nos Emmys e Globos de Ouro. A aclamação da crítica para The Handmaid's Tale ajudou no crescimento do público de Hulu? Bem, a empresa diz que, em termos de horas observadas, as três principais atrações do ano passado foram Law and Order: SVU , This is Us e, sim, The Handmaid's Tale.

♦  Concorrentes não, diz a Disney! Sheryl Sandberg, do Facebook e Jack Dorsey, do Twitter, foram gentilmente convidados a não apresentar suas candidaturas para  a reeleição ao conselho de administração da Walt Disney, a partir de 8 de março. "Dada a evolução dos negócios e das empresas em que Sandberg e Dorsey estão presentes, tornou-se cada vez mais difícil para eles evitar conflitos relacionados a assuntos de diretoria", disse uma porta-voz da Disney em um comunicado.

♦  Portal, deve ser o nome do dispositivo de videochat que o Facebook planeja lançar  na conferência anual para desenvolvedores, a F8, que será realizada no dia 1 de maio em San Jose, Califórnia. A intenção é concorrer com o Amazon Echo Show, que custa hoje cerca de US $ 230. O Portal focará no bate-papo por vídeo em família e amigos em vez de atuar como assistente de IA, segundo apurou o Venture Beat.

♦  Snapchat e Instagram Stories  servem hoje o formato de anúncio em vídeo de mais rápido crescimento no mercado, segundo pesquisa divulgada pelo próprio Facebook. Embora os usuários do Snapchat muitas vezes ignorem essas propagandas, de acordo com a Ad Age .

O estudo inclui cinco formatos de anúncios em vídeo (in-feed, pre-roll e mid-roll, skppable pre-roll e mid-roll, Stories e TV ao vivo) e revela como os consumidores reagem a elas, para que as marcas possam saber o que fazer para efetivamente transmitir suas mensagens em várias campanhas.

Três trilhões de dólares é quanto vale, potencialmente, a participação do Google, do Facebook e da Amazon no mercado de anúncios online, de acordo com o Credit Suisse.

Sobre a autora

Cristina De Luca é jornalista especializada em ambiente de produção multiplataforma. É diretora da ION 89, startup de mídia com foco em transformação digital e disrupção. Foi diretora da área de conteúdo do portal Terra; editora-executiva da área de conteúdo da Globo.com; e editora-executiva da unidade de Novos Meios da Infoglobo, responsável pela criação e implantação do Globo Online. Foi colunista de tecnologia da Rádio CBN e editor-at-large das publicações do grupo IDG no Brasil. Master em Marketing pela PUC do Rio de Janeiro, é ganhadora do Prêmio Comunique-se em 2005, 2010 e 2014 na categoria Jornalista de Tecnologia.

Sobre o blog

Este blog, cujo nome faz referência à porta do protocolo Telnet, que é o protocolo de comunicação por texto sem criptografia, traz as informações mais relevantes sobre a economia digital.