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Cristina de Luca

O hype do Instagram hoje é o hype do Facebook ontem

Cristina De Luca

18/01/2018 11h57

O alerta é de Avinash Kaushik, evangelista de Marketing Digital do Google e autor do blog Occam's Razor, e  surge no rastro das muitas reações posteriores ao anúncio de novas mudanças no algoritmo do Facebook. O Instagram apareceu em muitas análises como a tábua de salvação para as marcas.

Avinash é bem pragmático: "rede social é propósito", diz ele. Se você, como marca, não entende o propósito de cada rede para a sua estratégia de marketing, você certamente está comprometendo o retorno do seu investimento. O ROI!!!!

Em outras palavras, buscar engajamento aumentando o número de seguidores que apreciam seu conteúdo, comentam e compartilham, é chover no molhado.

O negócios das redes sociais é a publicidade. O alcance orgânico é uma ilusão. São, todas (Facebook, Instagram, Twitter, etc) totalmente inúteis, organicamente, para qualquer finalidade – PR, brand rapport, atendimento ao cliente, etc.

A única maneira de alcançar seu público-alvo na rede social é gastar dinheiro comprando anúncios.

Se há algum valor na audiência do Facebook, ou do Instagram, pague e apareça.  Caso contrário, esqueça. Compre anúncios, recomenda ele, e meça duas KPIs importantes: Probabilidade de recomendação e taxa de conversão.

"Bottom-line: as plataformas vão e vêm. A maior ameaça não é que você compre no hype inicial. É que você não tenha agilidade para mudar sua estratégia", escreve Avinash.

E ele não está sozinho. Já li e ouvi alguns analistas que acreditam que, uma vez que o algoritmo do Instagram está começando a espelhar o Facebook cada vez mais, podemos esperar ver mais conteúdo orgânico das pessoas e menos de marcas e empresas em 2018. E mais anúncios e conteúdo gerado por marcas para publicação por influenciadores digitais, "nichado". Os Influenciadores são, e sempre foram pessoas primeiro, e comerciantes de conteúdo em segundo lugar.

"Todo influenciador, independentemente do nicho, tem seu próprio estilo de conteúdo que, por qualquer motivo, ressoou com seu público e fez com que o público explodisse. Esses influenciadores e seus públicos receberão ainda mais atenção com seu conteúdo orgânico, enquanto o conteúdo não pago de empresas e marcas sofrerá", afirma Keenan Beasley, em artigo para a Forbes.

São boas provocações!

Sobre a autora

Cristina De Luca é jornalista especializada em ambiente de produção multiplataforma. É diretora da ION 89, startup de mídia com foco em transformação digital e disrupção. Foi diretora da área de conteúdo do portal Terra; editora-executiva da área de conteúdo da Globo.com; e editora-executiva da unidade de Novos Meios da Infoglobo, responsável pela criação e implantação do Globo Online. Foi colunista de tecnologia da Rádio CBN e editor-at-large das publicações do grupo IDG no Brasil. Master em Marketing pela PUC do Rio de Janeiro, é ganhadora do Prêmio Comunique-se em 2005, 2010 e 2014 na categoria Jornalista de Tecnologia.

Sobre o blog

Este blog, cujo nome faz referência à porta do protocolo Telnet, que é o protocolo de comunicação por texto sem criptografia, traz as informações mais relevantes sobre a economia digital.