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Cristina de Luca

Google lança o seu Stories para buscas em dispositivos móveis

Cristina De Luca

13/02/2018 18h11

O Google lançou o Projeto AMP ( Accelerated Mobile Pages ) em 2015, na tentativa de acelerar a web móvel. Podemos dizer que o AMP é um padrão desenvolvido pela Google para acelerar o carregamento de páginas, que abrem quase que instantaneamente em smartphones e tablets mesmo quando estamos usando a 3G/4G.

Depois de alguns problemas iniciais, esse formato se tornou um sucesso, quando implementado nas Buscas do Google e no Google Feed.  Segundo o Google, existem hoje mais de 31 milhões de domínios, e mais de 5 bilhões de páginas AMP em   publicações, sites de comércio eletrônico e de serviços de viagens.

No ano passado, algumas publicações chegaram a mencionar que o Google estaria trabalhando no projeto Stamp, que combinaria páginas AMP com um elemento de narração interativo. Esse projeto já se concretizou hoje, com o anúncio do  AMP Stories, durante a AMP Conf, que acontece em Amsterdã, na Holanda.

A ideia do Google é criar um formato visual de conteúdo a partir das buscas em dispositivos móveis. Não por acaso, o Google está chamando esse formato de Stories (como os Stories do Instagram e o formato do qual foi copiado no Snapchat).

A gigante das buscas quer dar aos editores a possibilidade de criar conteúdos mais atraentes e imersivos. E assim investir em novas formas de contar histórias e atrair os leitores na web aberta.

As histórias da AMP são construídas com a mesma tecnologia usada nas páginas AMP, o que significa que elas serão carregadas rapidamente, ao mesmo tempo em que proporcionam aos usuários uma experiência mais fluida e rápida, sem aquela sensação de tocar na história e esperar ela carregar infinitamente.

Além disso, segundo o Google , conteúdos AMP Stories são parte da web aberta e podem ser compartilhados e incorporados em sites e aplicativos sem serem confinados a um único ecossistema.

Entre os primeiros parceiros a criar conteúdo no novo formato  estão nomes como CNN, Mashable, Vox Media, Cosmopolitan, Wired e Washington Post.

"Como fonte para notícias e informações recentes, este formato nos permite mostrar nosso jornalismo de qualidade quando há vários elementos que queremos reunir. Combinando textos, fotografia, vídeos e gráficos em movimento, isso dá aos leitores um ponto de entrada mais visual quando eles estão buscando nossa cobertura", comenta Greg Manifold, Diretor de Design do Washington Post.

Ainda em fase de testes, esses veículos poderão produzir e publicar conteúdo de natureza efêmera, que será exibido nos resultados de busca e reproduzido em tela cheia em dispositivos móveis — do jeitinho que estamos acostumados a ver no Snapchat.

Como parte do Projeto AMP, o formato AMP Stories é gratuito e aberto para qualquer um usar. Para criar conteúdo ainda é preciso escrever todo o código. No futuro, provavelmente, o Google automatizará esse processo, para facilitar o processo criativo e a publicação. Ou contará com parceiros para isso, já que o AMP Stories é open source.

Se você quiser testar o AMP Stories, basta acessar g.co/ampstories a partir do seu dispositivo móvel e procurar pelos parceiros citados acima.

Sobre a autora

Cristina De Luca é jornalista especializada em ambiente de produção multiplataforma. É diretora da ION 89, startup de mídia com foco em transformação digital e disrupção. Foi diretora da área de conteúdo do portal Terra; editora-executiva da área de conteúdo da Globo.com; e editora-executiva da unidade de Novos Meios da Infoglobo, responsável pela criação e implantação do Globo Online. Foi colunista de tecnologia da Rádio CBN e editor-at-large das publicações do grupo IDG no Brasil. Master em Marketing pela PUC do Rio de Janeiro, é ganhadora do Prêmio Comunique-se em 2005, 2010 e 2014 na categoria Jornalista de Tecnologia.

Sobre o blog

Este blog, cujo nome faz referência à porta do protocolo Telnet, que é o protocolo de comunicação por texto sem criptografia, traz as informações mais relevantes sobre a economia digital.