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Cristina de Luca

Facebook elimina milhares de opções de segmentação de anúncios

Cristina De Luca

21/08/2018 23h24

O Facebook afirmou nesta terça-feira, 21/8, que está removendo milhares de opções de segmentação de anúncios – incluindo aquelas que podem permitir a discriminação baseada em etnia ou religião.

"Estamos comprometidos em proteger as pessoas da publicidade discriminatória em nossas plataformas", disse a rede social em um post no seu blog oficial. "É por isso que estamos removendo mais de 5 mil opções de segmentação para ajudar a evitar uso indevido do recurso. Embora essas opções tenham sido usadas de maneira legítima para alcançar pessoas interessadas em determinado produto ou serviço, acreditamos que minimizar o risco de abuso é mais importante", informa o texto.

Em breve, o Facebook exigirá também que os anunciantes dos EUA certifiquem-se de que revisaram as políticas de não discriminação da empresa e as cumpram.

Investimentos em publicidade nas redes sociais cresceram 86% em 2017
O estudo "Paid Social Trends", da iProspect, apresentando as tendências das redes sociais referente ao ano de 2017,  mostra que o investimento em anúncios pagos em redes sociais cresceu 86% quando comparado ao ano anterior. A pesquisa foi realizada com mais de 210 marcas, cujas ações abrangem investimentos em vários países, incluindo o Brasil.

No quarto trimestre, o investimento em vídeo representou 44% do total gasto no Facebook. Os números de investimento em vídeo aumentaram 67% em relação ao trimestre anterior e 19% em relação ao ano anterior. Esses avanços foram devidos ao crescimento de investimento em vídeo na maioria das marcas.

Os anúncios pagos em redes sociais tornou-se parte integrante do plano de mídia das grandes empresas, apoiando objetivos desde a conscientização até a conversão. Nos últimos doze meses, a iProspect continuou a aproveitar as melhores práticas da plataforma, projetar práticas específicas para cada cliente e trabalhar com o Facebook para identificar novas formas de operação. Como resultado, temos taxas de conversão altas. No quarto trimestre, registraram uma taxa de conversão de 9,1%, de 4,71% no terceiro trimestre, e de 8,4% no quarto trimestre de 2016.

"No geral, a família de aplicativos e serviços do Facebook continua ser um forte impulsionador de impressões qualificadas, cada uma delas representando oportunidade de conduzir comportamentos de usuário desejados mais específicos que têm grande impacto nos negócios dos clientes. Temos visto um desempenho estável e confiável por vários anos. A combinação certa de segmentação e blocos de anúncios permite alcançar aos clientes altamente qualificados e direcionar ações imediatas nas vendas offline. O papel dos anúncios pagos mostra que é um poderoso condutor da nova aquisição de clientes por meio de esforços de prospecção", afirma Gustavo Macedo, diretor da iProspect no Brasil.

Já no Twitter os gastos estão em declínio novamente, queda de 56% em relação ao ano anterior, mas apenas 44% em relação ao trimestre anterior. Ano após ano, o gasto está em baixa devido ao foco cada vez menor do Twitter em táticas de resposta direta. Além disso, 29% dos gastos do Q4 no Twitter foram alocados para gerar cliques em site e 22% para o novo recurso de divulgação em vídeo, que estão sendo bem aceitos. Os dados indicam que podemos antecipar um crescimento significativo no investimento do Twitter durante o curso de 2018.

Os gastos no Pinterest subiram 132% em relação ao ano anterior e 56% comparado ao trimestre anterior. Estes aumentos substanciais foram impulsionados em parte pelos avanços estratégicos que o Pinterest fez em suas competências de anúncio em 2017. O aumento tanto no gasto anual geral, quanto no investimento do quarto trimestre é devido ao fato de os clientes de bens de consumo continuar a gastar e se concentrarem no período de férias, buscando entretenimento.

Para aproveitar os recursos exclusivos do Pinterest, especialmente em relação ao visual da pesquisa, a iProspect recomenda que os anunciantes repensem suas estruturas tradicionais de medição e considerando janelas de lookback mais longas e métodos alternativos de aproximação. Já no Snapchat os gastos caíram 31% em relação ao ano anterior, mas aumentaram 40% em relação ao trimestre anterior. O crescimento é em grande parte o resultado de um aumento no número de marcas que agora investem em publicidade na plataforma.

O quarto trimestre é consistentemente o período mais movimentado do ano para muitas empresas, por isso, não é incomum ver o crescimento no investimento de anúncios em redes sociais, pois e o período que existe um esforço maior para atingir metas anuais e capitalizar o período de férias. "À medida que as plataformas continuam a investir em atualizações de recursos e ferramentas de publicidade expandidas, as oportunidades para as marcas usarem recursos sociais pagos para dar suporte aos seus objetivos de negócios também aumentam" finaliza Gustavo Macedo.

Sobre a autora

Cristina De Luca é jornalista especializada em ambiente de produção multiplataforma. É diretora da ION 89, startup de mídia com foco em transformação digital e disrupção. Foi diretora da área de conteúdo do portal Terra; editora-executiva da área de conteúdo da Globo.com; e editora-executiva da unidade de Novos Meios da Infoglobo, responsável pela criação e implantação do Globo Online. Foi colunista de tecnologia da Rádio CBN e editor-at-large das publicações do grupo IDG no Brasil. Master em Marketing pela PUC do Rio de Janeiro, é ganhadora do Prêmio Comunique-se em 2005, 2010 e 2014 na categoria Jornalista de Tecnologia.

Sobre o blog

Este blog, cujo nome faz referência à porta do protocolo Telnet, que é o protocolo de comunicação por texto sem criptografia, traz as informações mais relevantes sobre a economia digital.