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Microsoft convoca empresas de tecnologia para criação da Convenção de Genebra Digital

Cristina De Luca

03/07/2017 18h49

Desde fevereiro a Microsoft vem batendo na tecla de é preciso criar uma Convenção de Genebra Digital, que assuma um compromisso global para manter a nuvem protegida contra ataques cibernéticos perpetrados por estados-nação.

Hoje, essa ideia se transformou em uma convocação para a indústria de tecnologia. A Microsoft quer criar um grupo ou fórum para proteger o mundo contra ataques como o WannaCry e o Petya. Esse grupo teria credibilidade internacional para observar o ataque e identificar os atacantes quando os ataques ocorrerem dentro de uma nação. E assumiria tarefas semelhantes às da Agência Nacional de Energia Atômica, que ajuda a investigar se um país violou regras internacionais.

Impossível esquecer que os dois grandes ciberataques de ransomware que abalaram o mundo nos últimos dois meses exploraram falhas do Windows conhecidas pela NSA, a Agência de Segurança Americana, há muito tempo.

Os executivos da Microsoft sabem que esta não é uma batalha que ninguém pode ganhar sozinho, e é por isso que eles contam com a mobilização internacional para construir uma ampla comunidade de parceiros. "Esse é um relacionamento simbiótico que ajuda a todos", disse Jeannette Wing, atualmente vice-presidente corporativo responsável pelos laboratórios de pesquisa básica da gigante de Redmond.

"Há muitas peças que precisam se unir para que possamos ser bem-sucedidos na segurança cibernética", disse Smith. "Isso requer forte ação das empresas de tecnologia. Exige uma forte ação afirmativa por parte dos clientes e também exige uma forte ação afirmativa dos governos".

"Uma das coisas fundamentais que as pessoas devem perceber sobre os provedores de serviços da nuvem é que a segurança e a conformidade são realmente essenciais", disse Doug Cahill, analista sênior de segurança cibernética da empresa de consultoria Enterprise Strategy Group, Inc. "Não é uma opção para a sua o negócio. É o seu negócio ".

"Se estiver conectado, você pode ser pirateado",  diz a mensagem do podcast intitulado .future, uma nova série criada pela empresa para promover a segurança  das informações na nuvem.

O podcast é uma forma de fazer as empresas de tecnologia entenderem que já não basta apenas pedir aos governos do mundo que se juntem para afirmar normas internacionais de segurança cibernética, adotar regras novas e vinculativas e começar a implementá-las. A luta é de todos.

Será que o apelo surtirá efeito?

A ver.

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Sobre a autora

Cristina De Luca é jornalista especializada em ambiente de produção multiplataforma. É diretora da ION 89, startup de mídia com foco em transformação digital e disrupção. Foi diretora da área de conteúdo do portal Terra; editora-executiva da área de conteúdo da Globo.com; e editora-executiva da unidade de Novos Meios da Infoglobo, responsável pela criação e implantação do Globo Online. Foi colunista de tecnologia da Rádio CBN e editor-at-large das publicações do grupo IDG no Brasil. Master em Marketing pela PUC do Rio de Janeiro, é ganhadora do Prêmio Comunique-se em 2005, 2010 e 2014 na categoria Jornalista de Tecnologia.

Sobre o blog

Este blog, cujo nome faz referência à porta do protocolo Telnet, que é o protocolo de comunicação por texto sem criptografia, traz as informações mais relevantes sobre a economia digital.