Pesquisa mostra a força comercial do WhatsApp para o varejo
Cristina De Luca
24/07/2017 18h29
Cinco em cada dez (52%) consumidores que usam WhatsApp para compras foram respondidos todas as vezes que entraram em contato com uma loja/vendedor pelo aplicativo e 59% já realizaram algum tipo de compra pelo app de mensagens, principalmente por se sentirem mais seguros ao entrar em contato com o vendedor (15%).
Outros motivos apontados pelos consumidores que já recorreram ao WhatsApp para adquirir produtos e serviços são a facilidade de comprar sem sair de casa (15%) e de receber imagens e vídeos dos produtos antes de adquiri-los (14%).
Os produtos mais comprados com auxílio do WhatsApp são comida delivery (23%), vestuários, calçados e acessórios (22%), cosméticos e perfumes (15%), e acessórios para celular/tablet/computador (15,2%, aumentando para 21,8% entre os homens).
Já entre os 61% que nunca utilizaram o WhatsApp para compras, os principais motivo são a falta de oferta deste canal de comunicação por parte das lojas/vendedores (40%), sempre conseguir resolver o que precisam no site ou aplicativo da empresa (32,4%) e preferir tratar os assuntos pessoalmente (18,3%, aumentando para 29,5% entre os mais velhos).
Segundo os realizadores da pesquisa, é necessário admitir que a emergência do WhatsApp como meio de estreitar o relacionamento entre vendedores e compradores é um fenômeno recente, e muitos lojistas ainda estão procurando a melhor forma de incorporar a ferramenta à rotina da empresa.
Quatro em cada dez consumidores que já realizaram compras pelo WhatsApp (42%) consideram muito importante a disponibilização do aplicativo como meio de comunicação no processo de compra. O aplicativo é o canal de comunicação com o vendedor favorito para 45% dos consumidores.
Outra descobertas
Ainda segundo a pesquisa, 59% dos brasileiros com acesso à internet já utilizaram algum app para adquirir algo. E 27% o fazem cotidianamente.
Os aplicativos mais utilizados são aqueles relacionados à compra e venda de produtos por pessoas físicas como por exemplo Mercado Livre, Enjoei, OLX e outros (46%), seguidos dos serviços de motorista particular ou táxi (45%), lojas varejistas nacionais (42%), apps de ofertas e descontos, como Peixe Urbano e Groupon (31%), serviços de streaming – Netflix, Spotify, etc-. (31%), lojas varejistas internacionais (30%) e compras de comidas por delivery (29%).
Ao justificarem as compras feitas através de aplicativos, 35% mencionam a facilidade de acesso, enquanto 27% julgam ser mais prático e 14% argumentam que deste modo encontram os melhores preços e ofertas do mercado.
O estudo também comprova o uso generalizado dos aplicativos, indo muito além do consumo: 94% da amostra garantem utilizar apps para outras finalidades, sendo que as mais mencionadas são operações e consultas bancárias (68%), geolocalização/GPS, como Waze e Google Maps (67%, aumentando para 79% nas classes A e B), comparar preços (49%) e organizar as finanças (20%).
A pesquisa corrobora dados da última edição do estudo Webshoppers. Segundo o estudo da e-Bit, em 2016, uma em cada cinco compras
virtuais realizadas no Brasil foi por meio de smartphones ou tablets.
A pesquisa foi realizada entre os dias 18 a 27 abril de 2017. A margem de erro é de 3,4 pontos a uma margem de confiança de 95%.
Sobre a autora
Cristina De Luca é jornalista especializada em ambiente de produção multiplataforma. É diretora da ION 89, startup de mídia com foco em transformação digital e disrupção. Foi diretora da área de conteúdo do portal Terra; editora-executiva da área de conteúdo da Globo.com; e editora-executiva da unidade de Novos Meios da Infoglobo, responsável pela criação e implantação do Globo Online. Foi colunista de tecnologia da Rádio CBN e editor-at-large das publicações do grupo IDG no Brasil. Master em Marketing pela PUC do Rio de Janeiro, é ganhadora do Prêmio Comunique-se em 2005, 2010 e 2014 na categoria Jornalista de Tecnologia.
Sobre o blog
Este blog, cujo nome faz referência à porta do protocolo Telnet, que é o protocolo de comunicação por texto sem criptografia, traz as informações mais relevantes sobre a economia digital.