Que tal ter um robô inteligente como garoto propaganda? Chama o Tinbot
Cristina De Luca
20/10/2017 12h30
Conhecido no universo das startups brasileiras, o Tinbot, robozinho inteligente da startup DB1 Global Software, estará disponível comercialmente a partir de 2018. A estratégia comercial está praticamente pronta. E Ilson Rezende, presidente da empresa, encontra-se na China, no momento em que escrevo este texto, procurando parceiros para produção em larga escala.
O plano da DB1 é vender o robozinho para toda e qualquer corporação que necessite de um assistente "carismático", capaz de assumir diferentes personas (assistente pessoal, professor de inglês, intérprete, salva-vidas, garoto propaganda… sua imaginação é o limite).
"O segredo do Tinbot não é o hardware, é a plataforma preparada para aceitar novas bases de conhecimento e comandos que o façam interagir com o público ou com uma equipe interna", afirma Ana Maria Cimadon Garcia, coordenadora de Marketing da empresa.
O robô nasceu em um hackathon interno da DB1, fruto da paixão de um programador e da necessidade da empresa de criar de ter um sistema que auxiliasse gerentes de projetos na tarefa de mantê-los nos trilhos. Sua primeira função foi a de Scrum Master.
"Nos impressionou muito o fato dos programadores ouvirem e respeitarem bem mais os feedbacks quando dados pelo Tinbot, do que por profissionais da equipe. Descobrimos que uma máquina dando ordens e apontando erros causa menos impacto emocional negativo do que outro ser humano executando as mesmas ações", comenta Ana Maria.
A partir desse momento, o comitê de inovação da empresa decidiu acelerar o desenvolvimento do produto, e foi à luta. De cara, conseguiu investimento inicial do SibratecShop (programa desenvolvido pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Sebrae, Senai, CNPq e Finep), fundamental para investir em novos recursos e dar a aparência que o robô tem hoje.
O Tinbot agora é capaz de fazer reconhecimento facial e de íris, trabalhar com processamento de linguagem natural e por aí vai."Ele só não tem aprendizado automático, ainda. Mas isso está no nosso roadmap", diz Ana Maria.
A DB1 também pensa em inserir recursos que tornem a interação com o robô ainda mais lúdica e, quem sabe, deem a ele alguma mobilidade. Hoje, o robô é pequeno, com dimensões para ser colocado em umbalcão, ou em uma mesa.
Recentemente, a UniCesumar adquiriu as duas primeiras unidades comerciais do Tinbot, que darão suporte na gerência de indicadores e na inovação. Outras duas unidades foram vendidas para uma instituição financeira e ara uma aceleradora de Maringá, onde fica localizada a sede da DB1.
Esta semana, durante o RD Summit, outras empresas expressaram desejo em conhecer o robozinho, que já é o maior garoto propaganda da DB1.
"A ideia é ter uma plataforma tão simples de operar, que qualquer empresa possa ser capaz de transformar o Tinbot em mais um membro da equipe de suporte, de marketing, de vendas e por aí vai", diz Ana Maria.
O preço? Inicialmente, o robô, ainda produzido em impressoras 3D, custará R$ 10 mil.
Sobre a autora
Cristina De Luca é jornalista especializada em ambiente de produção multiplataforma. É diretora da ION 89, startup de mídia com foco em transformação digital e disrupção. Foi diretora da área de conteúdo do portal Terra; editora-executiva da área de conteúdo da Globo.com; e editora-executiva da unidade de Novos Meios da Infoglobo, responsável pela criação e implantação do Globo Online. Foi colunista de tecnologia da Rádio CBN e editor-at-large das publicações do grupo IDG no Brasil. Master em Marketing pela PUC do Rio de Janeiro, é ganhadora do Prêmio Comunique-se em 2005, 2010 e 2014 na categoria Jornalista de Tecnologia.
Sobre o blog
Este blog, cujo nome faz referência à porta do protocolo Telnet, que é o protocolo de comunicação por texto sem criptografia, traz as informações mais relevantes sobre a economia digital.